1. “A emancipação dos trabalhadores é obra dos próprios trabalhadores” e ninguém mais. É inútil para os estudantes que afirmem uma posição em defesa da classe trabalhadora confiar em aparatos parlamentares, tribunais e seus membros. Os estudantes não devem direcionar suas lutas para a conquista de cargos na burocracia acadêmica, pois esta representa o protótipo do Estado burguês na universidade e deve ser abolida e concomitantemente contraposta pelo poder oriundo das assembléias comunitárias, do protagonismo das massas.
2. A luta emancipatória da classe proletária é travada pelo método da ação direta (greves, bloqueios de estradas, ocupações, etc.). É neste tipo de luta que a classe oprimida adquire o sentimento de solidariedade, habilidade de auto-organização e consciência necessárias para a realização de suas reivindicações e da própria revolução.
3. A universidade popular está diretamente ligada à transformação desta sociedade, portanto, é fundamental a articulação com o movimento secundarista e o movimento dos trabalhadores dentro (professores, técnicos e terceirizados) e fora da universidade (movimentos populares).
4. Todo o poder tem que pertencer às assembléias com delegados eleitos e controlados pela base com mandatos imperativos e revogáveis. Defender gestões coletivas, que é um passo importante para chamar a responsabilidade de todos que se colocam como militantes e querem uma universidade com poder de decisão para o conjunto da classe trabalhadora.
5. Devemos fomentar a construção de organismos de auto-organização dos estudantes que exerçam a democracia direta, que não só é uma forma mais democrática de organização, mas também é um método eficaz para desenvolver a luta política até o final contra os burocratas que com suas práticas tendem a trair o movimento,seja consciente ou inconscientemente e em ambos os casos o dano é o mesmo.
6. O fim do vestibular! Temos de reivindicar o livre-acesso às Universidades. Ao terminar o ensino médio, o estudante entraria direto na universidade como já ocorre em países como Argentina e México. Pois entendemos que somente o povo poderá colocar a educação a seu serviço e não a serviço do mercado.
7. Devemos lutar contra as opressões específicas (machismo, racismo, homofobia, etc.) entendendo-as como intrinsecamente relacionadas com a luta anticapitalista. Jamais esquecendo que somos estudantes de um curso em que seu código de ética aponta a necessidade de superação da alienada sociabilidade capitalista.
8. Somos contra o discurso “independentista despolitizante” que, travestido de apartidário, busca utilizar a insatisfação dos estudantes com os partidos para servir aos interesses do capital e dos partidos reformistas e burgueses.
“Ousar pensar, ousar falar, ousar agir”
- Ação Direta.
- Democracia de Base.
- Autonomia frente a partidos e governos.
- Anti-governista e Anti-reformista.
- Classista, pois entendemos o M.E. como uma fração da classe trabalhadora. Assim como a fração sindical e a popular.
Para escolas públicas:
- Aumento da oferta de vagas. Livre acesso já! Vagas pra quem quer estudar!
- Aumento do número de professores; realização imediata de concursos!
- Aumento salarial para professores e funcionários!
- Passe livre sem restrições!
- Voto universal nas eleições para diretores das escolas!
- Fim do sistema de aprovação automática!
- Fim do IDEB!
- Assistência estudantil (todo tipo de assistencia ao estudante, como psicológica, nutricional, médica, odontológica, etc.)
Para as universidades públicas:
- Assistência estudantil (moradia, bandejão, transporte, creches, ampliãção das bolsas equiparadas ao salário mínimo)
- Revogação do REUNI! Por uma expansão de qualidade!
- Nem ENEM, nem Vestibular! Livre acesso já!
- Concursos públicos para professores e funcionários, ambos efetivos, e com incorporação dos terceirizados com isonomia de salários e direitos!
- Voto universal em todas as instâncias! Pela dissolução dos Conselhos Universitários e formação de Conselhos Comunitários!
- Fim dos cursos pagos e das fundações de direito privado!
- Solidariedade às lutas populares!
Para as escolas e universidades particulares:
- Redução das mensalidades!
- Fim da perseguição aos inadimplentes!
- Fim do contrato por hora!
- Turmas com no máximo 30 alunos!
- Por um projeto pedagógico não mercadológico-tecnicista!
- Estatização.