terça-feira, 26 de outubro de 2010

Avaliação do SESO EM LUTA no XXXII ENESS (2010).


Mais do mesmo: oportunismo e verborragia!

O Encontro Nacional de Estudantes de Serviço Social ocorrido em Teresina - PI, no último mês de julho reuniu cerca de 600 estudantes de serviço social de todos os cantos do país.
Este encontro teve a particularidade de se estatutário, como ocorre a cada 3 anos. Dentre os números pontos polêmicos a serem discutidos, o primeiro já seria a questão do reconhecimento ou não da UNE como entidade representativa dos estudantes de Seso.
O MESS rechaçou a UNE, quase que de forma unânime, retirando esta entidade do estatuto que rege a Executiva Nacional (ENESSO).

É uma vitória simbólica, pois na realidade ainda vemos correntes governistas e muitos militantes ligados a UNE, que  influenciam negativamente o MESS.
Os militantes do coletivo Serviço Social em Luta/RECC, apresentaram uma tese neste encontro, defendendo o protagonismo estudantil e a luta anti-governista, além de ser o único coletivo a fazer a caracterização do movimento estudantil como classista e entendendo a necessidade de organização dos estudantes enquanto fração da classe trabalhadora.

Apontamos a necessidade de romper com o modelo de encontros festivos e turísticos que acabam perdendo a lógica de organização para as lutas e promovem o afastamento do poder de decisão da base que fica nas escolas. Diante disso propusemos a construção de congressos nacionais de estudantes de Serviço Social com delegação de base.
A luta contra o oportunismo reformista e o governismo foi o ponto central de atuação do Coletivo Serviço Social em Luta, mas acabamos vendo uma falsa dicotomia na disputa por cargos na Executiva Nacional, que representa o interesse apenas nos cargos de direção, independente do trabalho de base a ser realizado.

A falsa polarização se deu através do oportunismo de direita representado por reformistas ligados tanto a OE da UNE quanto a Consulta Popular e “independentes”, que comporam uma chapa contra, por outro lado, representantes do oportunismo de esquerda, que aglutinavam militantes da ANEL e independentes.
O resultado foi favorável ao oportunismo de direita, ou seja, mesmo com a ruptura simbólica com a UNE em nosso estatuto, fica essa entidade vendida a frente da direção da ENESSO.

Resta aos estudantes combativos e classistas romper com a lógica dos “Tour-encontros”e do coleguismo, para realmente construir uma ferramenta de luta para o avanço dos estudantes proletários. É necessário que, de vez, derrotemos o governismo e o reformismo oportunista, ainda muito presente no MESS.

Abaixo o reformismo!
Fora UNE governista!

Coletivo Serviço Social em Luta.

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